segunda-feira, 28 de julho de 2014

6:34 no balanço do cigarro e do café observo lá fora um reboliço de gente, o som dos passos apressados na calçada e as buzinas impacientes. o típico engarrafamento comum inicia-se. os carros com os faróis acesos desfilam pela avenida, e a confusão começa a instalar-se por todas aquelas ruas longas e estreitas e pelas esquinas apertadas, por todos aqueles que se dirigem apressadamente para as entradas do metro, para as paragens de autocarro ou seja para onde for - talvez alguns sem qualquer destino – que, com a pressa roubam o lugar ao silêncio e todos os seus pensamentos agitados tomam lugar e conquistam o alvoroço. o tempo passa e perco-me nas horas, o trânsito já flui comummente como todos os dias, e de repente torna-se predominante o amarelo dos carris e dos táxis, e o vermelho dos autocarros turísticos. inevitavelmente sinto-me como se não pertencesse a mais lugar algum sem ser aqui.

sábado, 27 de abril de 2013

não desistas de mim, amor. ignora a incerteza do nosso futuro, a improbabilidade da nossa jornada mesmo que não haja nada duradouro prescrito para nos nela. o que eu realmente quero saibas é que não importa quanto tempo passe, o que aconteça ou o que a vida nos ensine. não interessa quem somos ou quem nos vamos tornar. já não me importa nem um pouco o que o futuro me traga porque sei que serás sempre uma parte de mim, e a minha vida só por isso será melhor.

sábado, 8 de dezembro de 2012

eu sei que não foram só os sorrisos e os olhares que me presenteavas nos dias inertes. não foram só os raios de sol que fazias questão de exibir, desencobrindo o céu outrora enevoado. foram também as lágrimas que decaíam desenfreadas sobre o meu rosto e as que reprimi em silêncio. foram as ilusões investidas que se metamorfosearam em dolorosas desilusões. foram as marcas subtis de um passado que me dilacerou a alma e o coração, que me ofuscou com esperanças e expectativas.